A Amora Gigante Portuguesa (Rubus fruticosus var. lusitanica) é uma variedade especial de amoreira desenvolvida em Portugal, na região do Douro, através de seleção e melhoramento genético de espécies nativas europeias. Esta cultivar foi criada para combinar o sabor tradicional das amoras silvestres com características comerciais desejáveis, como maior tamanho de fruto e produtividade. Introduzida no Brasil na década de 1990, adaptou-se bem às regiões de clima temperado e subtropical de altitude, especialmente no Sul e Sudeste do país, onde encontrou condições ideais para seu desenvolvimento.
Cuidados:
Plante em local ensolarado ou com meia-sombra, protegido de ventos fortes
Solo bem drenado, rico em matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 6,5
Espaçamento adequado: 2 a 3 metros entre plantas
Irrigação regular, mantendo o solo úmido mas não encharcado
Adubação orgânica no plantio e fertilização periódica com NPK
Sistema de condução com espaldeira ou aramado para suporte dos ramos
Podas de formação, frutificação e limpeza são essenciais
Controle preventivo de pragas e doenças, especialmente ácaros e fungos
Cobertura morta ao redor da planta para manter umidade e controlar ervas daninhas
Proteção contra geadas severas em regiões mais frias
Tempo de Produção:
A amoreira gigante portuguesa inicia sua produção já no primeiro ano após o plantio, embora em quantidade reduzida. Atinge produção plena a partir do terceiro ano, quando pode produzir entre 4 a 8 kg por planta anualmente. A colheita ocorre geralmente entre novembro e março no Brasil, dependendo da região e altitude. A planta tem longevidade produtiva de 10 a 15 anos com manejo adequado. Os frutos se desenvolvem rapidamente após a floração, levando cerca de 30 a 40 dias para atingir a maturação completa, e a colheita é escalonada, pois os frutos amadurecem gradualmente.
Qualidade da Fruta:
Os frutos da amora gigante portuguesa são de excelente qualidade, com tamanho grande (5-8g), cerca de duas a três vezes maiores que as amoras comuns. Apresentam formato cônico-alongado e coloração negro-brilhante quando maduros. A polpa é suculenta, doce com leve acidez equilibrada, aromática e de textura firme. Possuem alto teor de açúcares (10-12° Brix), fibras, vitaminas A, C e do complexo B, além de minerais como potássio, cálcio e ferro. São extremamente ricas em antioxidantes, especialmente antocianinas e compostos fenólicos, que conferem benefícios à saúde, incluindo propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras.
Características:
Arbusto semi-ereto a rasteiro, atingindo 1,5 a 2 metros de altura quando tutorado
Ramos vigorosos, com espinhos reduzidos em comparação às variedades silvestres
Sistema radicular superficial mas extenso, com boa capacidade de propagação
Folhagem verde-escura, com folhas compostas de 3 a 5 folíolos serrilhados
Floração abundante, com pequenas flores brancas a rosadas
Frutos compostos (agregados de pequenas drupas) de tamanho excepcional
Maior resistência ao transporte e armazenamento que variedades tradicionais
Adaptação a regiões com acúmulo de 200 a 400 horas de frio hibernal
Excelente para consumo in natura, geleias, sucos, sorvetes e sobremesas
Propriedades medicinais reconhecidas, especialmente como antioxidante natural